Confirmado pela direção tricolor no dia 10 de dezembro, o gestor de futebol William Capita foi o responsável pela primeira entrevista coletiva de 2014. O assunto iniciou com os quatro novos jogadores anunciados nesta manhã: os atacantes Jonathan Reis e Hugo, o volante Diego Felipe e o zagueiro Serjão. Em seguida o diretor falou sobre as políticas de contratações, a negociação com Maxi Biancucchi e Leandro Romagnoli e a possível troca entre Rafinha e Feijão.
"Todos os atletas assinaram contrato de um ano com opção de compra. Em caso de negociação futura o Bahia receberá uma taxa de vitrine e também uma participação, coisa que num passado recente não existia", iniciou Capita.
"Todos os contratos que estão sendo feitos, exigimos esta prerrogativa. Teve até o caso de um atleta que não acertou a vinda para o Bahia, pois o clube que estava negociando não tinha interesse nesta cláusula. O caso mais recente foi do Fernandão, que se destacou aqui no Bahia, foi vendido e o Bahia não teve nenhuma vantagem a mais que não fosse a participação dele dentro de campo", disse completando que o clube não aceitará mais este tipo de negócio.
Questionado sobre o critério das contratações, o profissional declarou que a parte financeira é o primeiro item a ser analisado.
"O Bahia tem condições de pagar? Isso é premissa para qualquer empresa que vai contratar um profissional. Temos um orçamento e respeitamos este orçamento. Óbvio que assim como o torcedor também estamos ávidos por bons profissionais. O clube precisa dar condições ao atleta. Quando você passa a atrasar pagamentos você passa a abrir mão de exigir", respondeu informando que Maxi Biancucchi e Leandro Romagnoli foram ventilados, mas nenhum acordo foi firmado.
Ao ser perguntado sobre o comportamento extra-campo do atacante Jonathan Reis, conhecido por problemas com drogas num passado recente, William comentou que o Bahia vem ajustando contratos com cláusulas que impeçam prejuízos ao clube.
"Temos todas as precauções com qualquer profissional, inclusive contratuais, em relação a qualquer atleta que venha a desrespeitar ou ter atitudes que não correspondem a um atleta profissional do Bahia e isso se estenderá até as categorias de base. Teremos esse cuidado de orientação com nossos atletas. Podemos errar, mas pesamos o custo benefício de poder arriscar."
Outro assunto tocado na entrevista foi relativa à troca entre Feijão e Rafinha. O dirigente tranquilizou o torcedor e informou que as categorias de base serão bem valorizadas no clube.
"Este ano iniciaremos com 13 atletas da base, ano passado foram seis. Outra coisa, estou viajando domingo para assistir o jogo da Copa São Paulo, Bahia x Portuguesa. Temos que ter aproximação e atitudes. Queremos aproveitar o máximo a base. Foi uma tradição do clube e nos últimos anos deixou de se revelar o que tem capacidade. O Bahia é o maior clube do nordeste. Temos que ser um polo de referência."
"O Flamengo, que também tem o Rafinha como talentoso, nos procurou para ter o Feijão e fez uma proposta. Foi o que se falou muito. Em nenhum momento concordamos com essa proposta de 2 ou 3 atletas da base. Se vazou da imprensa do Rio, a gente sempre negou. Não vamos trocar 2 ou 3 atletas do Bahia por um do Flamengo, no que pese ser um grande jogador também".
"Se houver uma troca, será o Feijão pelo Rafinha e nenhum dos dois com passe fixado. Tanto o Flamengo como o Bahia ganhariam".
Sobre a lista de atletas "encostados" no elenco, o gestor declarou que não tem intenção de prejudicá-los, mas que procurará outros clubes para que eles continuem a carreira. Segundo ele, o Bahia tinha em folha 51 atletas.
"Montamos uma lista por volta de 12 a 13 atletas que em princípio não fará parte do grupo principal. Numa eventual necessidade futura, esses atletas podem ser reincorporados. Em princípio talvez a gente empreste. Temos negociado com alguns clubes o empréstimo de alguns jogadores, dentre eles o próprio Souza. Esta base que foi mantida no momento são os que pensamos que tem a melhor afinidade com a diretoria que estamos montando."
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