O jornalista Samuel Celestino, fez, mais uma vez, duras críticas ao presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho. No artigo “A agonia do Bahia”, o jornalista fala sobre a tentativa, por parte de MGF, de desfocar o movimento Bahia da Torcida, quando diz que se trata de um movimento político. Leia na íntegra:
Geddel Vieira Lima, que nada tem a ver com Marcelo e dele prefere guardar distância, como diz, sabe perfeitamente o mal que ele comete ao Bahia, também atinge o PMDB, que passou a ser um partido que perdeu qualquer vínculo com a imensa torcida do Bahia. O movimento “Bahia da Torcida”, lançado na Arena da Fonte Nova, não tem dono como pretende o cartola torto. Daí desviar o foco dos acontecimentos para a política, de modo a encontrar uma explicação que ele não consegue enxergar, até porque é difícil a quem não dispõe da sensatez para saber a exata hora de abandonar o barco que afunda.
Não tem outra explicação. Suponho, apenas suponho, que o cartola é um homem que está em prisão domiciliar por não ter condições de frequentar as ruas da cidade. Nesse caso, mesmo que necessite de proteção, de pouco valem os seguranças que o acompanham. São eles, na verdade, alguns dos poucos interlocutores que tem. Outros são os cartolas que sobrevivem à custa do Bahia, como é o caso do presidente do Conselho Deliberativo, Ruy Accioly que, pelo que consta, nada faz. É apenas amigo da família do cartola e sabe-se que é bem remunerado. Lamenta-se que tal Conselho, onde pont uam alguns conselheiros dignos, não tenha renunciado aos postos, deixando o presidente a lamber sabão.
O movimento que ainda dá forças ao Bahia, liderado pelo publicitário Sidônio Palmeira, Fernando Schmidt e outros homens sérios, como estão distantes em dignidade do presidente tricolor, recebeu dele diatribes que não merecem citá-las por ausência de valor na origem. Usar a política como defesa é tão absurdo quanto primário. Denota falta de argumentos. Poupou ACM Neto e, aí, ele agiu na esperança de apoios futuros a partir do PMDB, que também está, como já citado, baleado com o ricocheteio que acabou alvejando também a legenda.
Fez, no entanto, críticas de igual modo primárias ao governador Jaques Wagner e aos petistas de maneira geral, ao dizer, como relata o site “Bahia Noticias”: "Eles deveriam dar explicações sobre os mensaleiros do PT, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Eu não vi eles pedirem a saída dessas pessoas, pelo contrário, vi defendendo. Eu não pedi intervenção do governo [da Bahia] quando da greve da PM e quando os alunos ficaram sem aulas com a greve dos professores. (...) Nelson Pelegrino precisa explicar as mortes na Secretaria de Saúde, que até hoje não tiveram explicações. (...) Lídice da Mata, que é conhecida com a ‘Prefeita dos Ratos (.. .)” “(...) Tudo isso [o movimento] eu vejo como um proselitismo político”. ”Não se deve misturar política com futebol”. Curioso é Marcelo falar de mensaleiros...
Primeiro, ele não tem a menor autoridade para pedir intervenção em nada, como greves, e, de resto, a sua resposta demonstra o baixo nível que adorna a sua cabeça minúscula. O governador rebateu: “Não há melhor julgador do que aqueles que fazem o sucesso do time, que é a torcida, que enche estádios.” (...) “Então, não tem nada a ver com política. Eu poderia simplesmente dizer que não me meteria, mas eu não estou me metendo como torcedor do Bahia, mas como torcedor do futebol baiano. É claro e nítido que a diretoria do Vitória é uma diretoria muito mais consistente, com muito mais permeabilidade de opiniõe s do que a diretora atual do Bahia.” A diferença entre o lixo e a elegância é abissal.
É pena que o clube de futebol de maior torcida na Bahia atravesse uma fase marcada pela incompetência, justo quando a cidade ganha um estádio como a Arena da Fonte Nova. De certo modo, embora torcedor, acompanho a trajetória do Bahia sem ir ao estádio. Prefiro resguardar as minhas emoções e assistir aos jogos pela televisão. Mas, como jornalista, tenho informações sobre a situação financeira que o clube atravessa. Trata-se de um período crítico, com a antecipação de quotas publicitárias, e gastos efetuados pela diretoria que ninguém tem conhecimento, a exemplo de quanto ganha o presidente do clube e o presidente do Conselho Deliberativo. Não creio que Ma rcelo tenha a humildade e a altivez de entregar o cargo. Prefere chegar ao fim. Dele, na sua teimosia, e do antes glorioso Esporte Clube Bahia.”
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