Na contramão da maioria da torcida, o presidente Marcelo Guimarães Filho é um defensor do atacante Souza, acusado nos bastidores de ter ajudado a derrubar o ex-técnico Jorginho e, além disso, um paciente contumaz do departamento médico do Bahia --desde o ano passado, aliás.
“Para o torcedor, o que vale é o momento. Estou acostumado com isso. Eu já vi e ouvi a torcida fazer festa quando Souza entrava em campo, quando ele fez um monte de gols no Baiano do ano passado. Chamava de `Caveirão´. Ele sabe que está devendo, mas contamos com o jogador. Olha o caso do próprio Zé Roberto. Cansaram de vaiá-lo e, agora, o atleta está evoluindo”, disse MGF durante entrevista à rádio Itapoan FM, na noite desta segunda-feira.
O cartola ainda prometeu segurar a revelação Anderson Talisca, de 19 anos, que começou a se firmar na equipe principal tricolor. No último domingo, em Juazeiro, pelas semifinais do Estadual, o meio-campista marcou seu primeiro gol como profissional do clube.
“Não tem nenhuma proposta que eu saiba por ele. Se chegar, a ideia é não vender. A gente fez um esforço grande para mantê-lo. Se tiver a cabeça no lugar, pode ir para a seleção”, afirmou MGF, referindo-se ao recente processo de renovação do contrato de Talisca, que chegou a usar o Facebook para pressionar a diretoria. Após os primeiros salários, comprou um carro importado.
O presidente acrescentou ter concordado com a decisão do técnico Joel Santana de escalar somente reservas nesta quarta, contra o Luverdense, em Mato Grosso, pela segunda fase da Copa do Brasil. "A decisão já estava tomada desde sexta, inclusive por nós, mas precisávamos esperar a confirmação da vaga para a final (contra o arquirrival)", explicou.
Guimarães Filho também respondeu à dupla Vander e Mansur, dois atletas que fizeram força para trocar o Fazendão por Canabrava, em 2011 e 2012. Nas últimas semanas, ambos deram declarações atacando a cúpula azul, vermelha e branca depois de marcarem gols contra o Bahia.
"Parece aquele caso que a mulher deixa o marido, e o cara só fica falando nela", ironizou.
"Não me arrependo, de jeito nenhum (sobre o que aconteceu). A gente fez uma proposta vantajosa para Vander, recebeu o seu empresário, mas ele entendeu que não deveria renovar. Realmente vive um bom momento, mas não vinha nem jogando conosco", completou.
"Mansur foi diferente. Preferiu sair. Foi uma decisão equivocada dos seus empresários. Só acho que o Bahia deu assistência, moradia, alimentação e tudo o mais para todos os dois. Se houve alguma coisa que o clube deixou de cumprir, o Bahia vai se retratar do possível acontecido, embora eu não considere ter existido isso", concluiu.
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