De André Uzêda, no jornal A Tarde desta quarta-feira:
`A
Assembleia Geral do Bahia aprovou ontem à noite, por unanimidade e
aclamação, em reunião com presença dos conselheiros realizada na Sede de
Praia, o balanço financeiro do clube referente ao ano de 2011. O
balancete deveria ter sido divulgado até 30 de abril deste ano, de
acordo com as determinações da Timemania. O atraso foi de quase cinco
meses.
A documentação ficou restrita à consulta de conselheiros e
sócios. Ainda assim, a reportagem conseguiu ter acesso às contas do
clube. O Bahia teve débito de R$ 18 milhões no último ano, fruto de uma
receita total de R$ 36, 9 milhões, enquanto os custos chegaram a
aproximadamente R$ 55 milhões. Os maiores gastos foram no futebol (R$ 39
milhões) e administrativo (R$ 8,9 milhões). As principais receitas
vieram de cota de TV (R$ 15,3 milhões), bilheteria (R$ 12,1 milhões) e
programa de sócio-torcedor (R$ 2,3 milhões).
"Foi o ano (2011) que
o Bahia voltou a disputar a Primeira Divisão. Por isso, precisou fazer
um time mais caro. As receitas de televisão ainda não tinham atingido o
valor que passaram a ter este ano. Para se ter uma ideia, em 2012,
nossa receita é de R$ 60 milhões e a diferença de cota de TV entre um
ano e outro, de R$ 20 milhões", diz o contador Raimundo Vieira, que
assina o balancete tricolor.
Questionado sobre qual teria sido a
razão da demora do Bahia em divulgar as contas, o presidente do conselho
Ruy Accioly (que presidiu a sessão de ontem, pelo fato de o presidente
do clube, Marcelo Filho, estar afastado cumprindo pena do STJD) deu sua
justificativa. "Perdemos o prazo pois estávamos disputando a final do Baianão. Ano que vem divulgaremos tudo certinho", pontuou.
No
balancete não constam as permutas de viagem que a empresa Calcio teria
feito para ganhar 20% do jogador Filipe, vendido por R$ 2,2 milhões de
euros. "Valores menores acabam não sendo discriminados neste documento",
diz Vieira.`
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