Em noite de muita luta da equipe e festa dos torcedores tricolores, que foram maioria na Arena Pernambuco, o Bahia venceu com um gude preso o já rebaixado Náutico e respira mais aliviado fora da zona de rebaixamento ao final da 35ª rodada. O artilheiro Fernandão, sacado da última partida contra o Santos, foi o autor do gol salvador aos 37 minutos do segundo tempo. No próximo domingo, o Esquadrão enfrenta a Portuguesa que está dois pontos à sua frente, na Arena Fonte Nova, às 18h30.
O jogo
Antes dos 10 minutos, o Tricolor já tinha criado duas oportunidades em cobranças de faltas da intermediária, ambas com a participação decisiva do atacante Wallyson, o melhor jogador da etapa inicial. Na primeira, aos 4 minutos, ele achou Fernandão, que cabeceou bem entre os zagueiros da equipe pernambucana, obrigando o goleiro Ricardo Berna a fazer uma bela defesa. Já no segundo lance, Wallyson bateu com força direto para o gol e a bola explodiu no travessão.
Depois da pressão inicial, quando dominou o jogo, o Bahia voltou a apresentar um velho problema: a dificuldade na saída de bola. Por conta da pouca movimentação do meio campo formado pelos três volantes (Feijão, Rafael Miranda e Hélder) e a falta de qualidade dos laterais, o time apostou sem sucesso no excesso de lançamentos diretos da defesa para o campo de ataque.
Sem muitas chances criadas, além de mais uma cobrança perigosa de falta de Wallyson, aos 32 minutos, o placar permaneceu em branco ao final do primeiro tempo, já que o Náutico optou por jogar recuado, explorando os erros do Bahia. O goleiro Marcelo Lomba, diferente das últimas partidas, foi um mero espectador.
Na volta do intervalo, o técnico Cristóvão Borges adiantou o time com a troca do lateral Madson pelo atacante William Barbio, alterando o esquema de jogo para o 3-4-3, com o garoto Feijão recuando mais para auxiliar os zagueiros Demerson e Titi. Com isso, o Esquadrão passou a explorar mais os lados do campo, com Wallyson e Barbio abertos, explorando a velocidade e as jogadas de linha de fundo, buscando o bom posicionamento do artilheiro Fernandão.
Não demorou muito para o time tricolor levar perigo à meta adversária. Primeiro, em um chute de longa distância de Hélder, aos 12 minutos, que exigiu boa defesa do arqueiro Berna. Um minuto depois, Raul invadiu a área e chutou em cima do goleiro, após boa jogada pelo lado esquerdo, o mais forte da equipe tricolor, já que por ali o lateral sempre tem a companhia do volante canhoto e do atacante Wallyson.
Jogada aérea
Buscando uma melhor aproximação do meio de campo com Fernandão, Cristóvão sacou Marquinhos para a entrada de Souza, que voltou a exercer a função de ligação com o ataque. Poucos minutos depois da mexida, em boa jogada que teve a participação do Caveirão e do “cabeludo” Barbio, Fernandão foi derrubado pela zaga dentro da grande área. Penalidade máxima clara não marcada pelo árbitro Elmo Alves Resende.
Atrás da linha da bola, apostando nos contra-ataques, o Timbu só assustou aos 30 minutos em um belo chute do meia Tiago Real, que acertou a trave de Lomba. Talisca foi chamado aos 33 minutos e substituiu Hélder, jogando mais centralizado ao lado de Rafael Miranda, como muitos apostam que o prata da casa pode render mais.
O grito de gol da nação tricolor ficou engasgado aos 35 minutos, quando pelo lado esquerdo o garoto Talisca cruzou a bola rasteira que atravessou toda a extensão da grande área e caiu nos pés do jogador que faz mais assistências na equipe: Wallyson. O atacante cruzou na medida para Fernandão, que testou forte para o gol exigindo uma linda ponte do goleiro adversário.
Dois minutos após esse lance, em novo cruzamento na área, dessa vez do lateral esquerdo Raul, Fernandão não vacilou e cabeceou forte para o fundo da rede, levando alegria para a torcida tricolor, que incentivou o time cantando durante todo o jogo.
Nos minutos finais, o Náutico ainda pressionou o Bahia em busca do empate, levando perigo ao gol de Lomba em duas oportunidades – um chute que saiu rente a trave direita e uma tentativa de voleio do zagueiro Leandro Amaro. Mas o triunfo tricolor foi merecido pela determinação dos jogadores e, enfim, as mexidas do técnico Cristóvão, que vinha sendo muito cobrado.
Com o resultado, o Bahia empurrou o Coritiba para a zona de rebaixamento e igualou Criciúma e Fluminense, com 42 pontos conquistados.
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