E o momento tão sonhado pela Nação --e prometido pelo presidete Marcelo Guimarães Filho quando assumiu o Bahia, há mais de quatro anos-- continua sem acontecer. Na noite desta terça-feira, em meio a inúmeros protestos da torcida, a diretoria conseguiu barrar a proposta de eleições diretas no Tricolor. Ao menos quem for membro do TOB, agora, poderá votar --porém somente mediante ao pagamento de mensalidade extra de sócio patrimonial.
Para não se deparar com os cartazes que criticavam a venda da revelação Gabriel para o Flamengo e a relação do clube com a empresa Calcio, entre outros temas delicados envolvendo o Esquadrão de Aço, MGF entrou por uma porta lateral da sede de praia, na Boca do Rio.
Do lado de fora, houve princípio de confusão, fogo, ovos arremessados em carros da cartolagem e acusações de violência por parte dos seguranças para cima dos torcedores.
Apenas cerca de 160 sócios apareceram para participar.
Outra importante derrota foi a manutenção da eleição do Conselho Deliberativo sem ser proporcional (o que promoveria uma maior independência no quadro). Assim, a chapa vencedora continuará colocando todos os 300 nomes, de uma só vez.
Além disso, ficou mais difícil alterar o estatuto e destituir o presidente.
Agora, será preciso contar com 3/4 dos votos (75%), em vez de 2/3 (67%).
Para completar, o pleito para presidente continuará ocorrendo antes que o do Conselho --que também permanecerá inchado, com 300, e não 200 nomes.
A eleição presidencial possuirá o chamado "filtro", isto é, os sócios terão de escolher entre dois candidatos previamente definidos por um Conselho dominado pela atual gestão.
Para oposicionistas presentes, a maioria da Nação reclama bastante, mas não se associa ao Bahia, tornado-se legalmente apta para tentar democratizar o clube.
Guimarães Filho tem mandato assegurado até --pelo menos-- dezembro de 2014.
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